- Agilidade
Desde o início da civilização, o poder de influência é considerado uma habilidade essencial para conquistar seguidores, territórios e objetivos. Na sociedade moderna, essa capacidade de influenciar pessoas mantém-se como uma importante estratégia, principalmente em cenários que envolvem negócios complexos e diversidade de métodos e pensamentos. Na jornada de inovação digital, os Agilistas lideram as squads de desenvolvimento que impulsionam scale-ups e promovem a Transformação Ágil nas organizações.
Sua missão é influenciar o trabalho do time e inspirar um mindset de melhoria constante, capaz de resultar em entregas frequentes e de valor, e em produtos altamente desejáveis. Entretanto, exercer influência entre grupos de profissionais experientes e qualificados não é uma tarefa fácil. Além disso, para impactar positivamente o comportamento de um time de produto, existe uma série de skills e características específicas que devem apoiar o modelo de gestão e liderança dos Agilistas.
Por isso, no artigo a seguir, iremos explorar algumas delas. Conversamos com Raphael Rodrigues, Agilista da SoftDesign, para compreender o papel desse profissional no desenvolvimento de soluções digitais.
O papel do Agilista está em constante transformação. Antigamente, sua atuação estava embasada em frameworks como o Scrum e o Kanban, por exemplo: as pessoas atuavam com maior foco no funcionamento do time, ajudando todos a perceberem as fases e status do desenvolvimento. O objetivo era propor mudanças evolutivas por meio de um processo de penso e melhoria, capaz de aumentar a entrega de valor.
Porém, com o amadurecimento dos processos, percebeu-se que limitar a atuação do Agilista ao time de produto não era suficiente, pois as pessoas fazem parte de uma organização. Concluiu-se que esse papel precisava transcender o processo de Discovery e Delivery. Quando Agilistas deixaram de atuar somente nos times de desenvolvimento, suas colaborações passaram a auxiliar na redução de ruídos dentro das empresas. Um dos resultados é a execução de tarefas de forma ágil e menos custosa. Porém, quando falamos em Agilidade no mundo dos negócios (Business Agility), esse papel está mais direcionado à estratégia, orientando pessoas a compartilharem informações por meio de micro interações.
Ter o poder de influenciar os outros não é necessariamente uma dádiva de todos. Pensando nisso, Agilistas devem possuir skills específicas. De acordo com Raphael Rodrigues, a resiliência talvez seja a principal delas. “Para desempenhar esse papel é preciso ser uma pessoa resiliente, já que não executamos diretamente as ações, mas influenciamos para que elas sejam concluídas. Além disso, é preciso incentivar a busca por resoluções de problemas por meio de conversas individuais e em grupo”.
Gestão horizontal e liderança também são características fundamentais. “Bons Agilistas possuem uma ótima capacidade de comunicação. Afinal, saber comunicar bem é essencial para orientar os times de forma clara, e isso nos leva à empatia, algo crucial para entender o processo de trabalho de cada um. Na Soft, atuamos com Gestão 3.0, um movimento que renuncia ao comando/controle para abrir espaço para a confiança e a autonomia das pessoas colaboradoras”.
Outra skill importante é a facilitação. Agilistas são responsáveis por facilitar conversas, cerimônias, agendas e dinâmicas de grupo. “Nosso dia a dia é baseado em processos e pessoas, e esses estão em constante transformação. Nossa jornada é contínua, ou seja, não existe um ponto final devido ao modelo de negócio atual. Sendo assim, Agilistas devem ser pessoas atentas e muito focadas em melhorar as coisas ao seu redor”, ressalta Rodrigues.
Em um mundo diverso, influenciar times de produto pode ser um grande desafio. Cada empresa possui uma cultura e um conjunto de pessoas com as mais variadas características. Logo, tirar o melhor de cada uma envolve muita estratégia e dedicação. “No meu dia a dia, eu preciso estar conectado ao que está acontecendo, ao que as pessoas estão falando e, principalmente, no que elas não estão comunicando. Para isso, realizamos reuniões 1:1, e facilitamos encontros para gerar interações e criar acordos”.
Além disso, a Agilidade envolve práticas de gestão orientadas à objetivos de negócio. Para executá-las é preciso dar voz a todos, visto que só assim desenvolvemos produtos que realmente simplifiquem a vida dos usuários. “Nas interações, entramos em contato com pessoas com os mais diferentes níveis de maturidade, experiência e faixa etária. No final, o que nos mantém engajados é o objetivo do trabalho, e o desafio de vencer algo em conjunto. Quando unimos olhares e vivências diferentes, o resultado é um processo de desenvolvimento plural. Sem diversidade, a capacidade de resolver problemas é reduzida”, destaca.
Agilistas incentivam, orientam e ajudam a gerar caminhos e opções. Em síntese, a Agilidade não nos obriga a seguir uma única direção até o fim do desenvolvimento de um produto ou serviço digital, pelo contrário, ela cria marcos para navegarmos, possibilitando momentos de análise que permitem medir se as escolhas estão resultando em resultados desejáveis. Portanto, para impulsionar a performance dos times, Agilistas buscam criar consciência entre o que o grupo se comprometeu a entregar, e o que está sendo entregue de fato. “Nós buscamos resultados, e auxiliamos as pessoas a fazerem o que precisa ser feito dentro do prazo acordado. Reduzimos o atrito para atingir objetivos por meio de processos mais fluidos, desimpedindo entraves”, ressalta Raphael.
Ao utilizar um Método Ágil, as empresas buscam obter feedback o mais rápido possível, respeitando a natureza do que está sendo desenvolvido. Afinal, tudo possui um tempo de maturação. Isso é complexo, pois somos pessoas únicas, ou seja, cada um de nós possui seu próprio tempo de execução de tarefas, baseado em um processo criativo individual.
Logo, a questão-chave é: como conseguimos obter o melhor de cada um sem se perder no processo, e sem demorar além do previsto? Por meio de cerimônias. Em um ambiente diverso e repleto de conhecimento, replicar processos pode ser um grande desafio, já obter o melhor do grupo é algo que com conversa, cadência e acompanhamento é possível conquistar.
Pensando nisso, Agilistas analisam diariamente boards de projetos com o objetivo de diagnosticar etapas e possíveis entraves. Com base nessa análise, interferem e ajudam a melhorar processos, ou até mesmo auxiliam na finalização de atividades. “Eu ajudo a conectar pessoas e resolver problemas. Nas cerimônias, facilitamos para que todos se coloquem em estado de consciência, assim conseguimos influenciar o time a tomar boas decisões”.
O ideal é que cada Agilista atue em no máximo três projetos, com interações entre 15 e 20 pessoas. Dessa forma, é possível se conectar e fazer um acompanhamento adequado. “Ampliar esses números resulta em um processo superficial, e isso impacta na essência da Agilidade. Somos trabalhadores do conhecimento: logo, quando não temos tempo para refletir e criar, não somos capazes de inovar. Se a agenda está lotada e estamos apenas executando tarefas, os times tornam-se onerosos. Afinal, o valor do nosso trabalho está na capacidade de pensar e ser criativo”, conclui Rodrigues.
Se o seu time está apenas executando tarefas, então é hora de despertar e colocar a Agilidade em prática. Além disso, se os problemas e bugs estão reduzindo a cadência das entregas, a ponto de as pessoas não conseguirem refletir e propor soluções, nossa Consultoria em Agilidade pode ser uma importante aliada.
Para acelerar a adoção de uma cultura embasada em Métodos Ágeis, atuamos com um mentoria customizada de acordo com as suas necessidades. Durante o processo de consultoria, transferimos para o seu time os nossos conhecimentos em Scrum, Kanban e DevOps. O objetivo é aumentar a transparência e o diálogo entre as pessoas, para gerar entregas mais frequentes e de valor. Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre esse serviço:
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