No cenário atual, no qual estamos cada vez mais utilizando produtos de base tecnológica, muitas vezes nos deparamos com produtos digitais criados sem que houvesse a real necessidade por parte dos usuários. Ou seja, produtos que foram desenvolvidos com base em uma ideia, mas sem a pesquisa adequada para avaliar se o mesmo teria valia – se efetivamente resolveria um problema, e se seria útil aos futuros clientes. Diante dessa situação, iniciarei uma pequena narrativa de um cliente que estava na fase inicial do seu negócio e buscou a SoftDesign para atuarmos apenas no desenvolvimento do software. Contudo, por meio do diálogo, demonstrei que nós também poderíamos ajudar na ideação, estruturação e planejamento do produto, etapas indispensáveis para a criação de qualquer produto ou serviço digital.
Antes de desenvolver, é preciso conceber
O cliente, com vasta experiência no mercado de agronegócio, identificou um problema e trouxe até nós uma ideia de possível solução. Entretanto, sua única definição era o valor disponível para investimento no
Mínimo Produto Viável (MVP). Como estamos falando de um novo produto, de um novo canal e de usuários que não foram contatados para definir se a plataforma atenderá as devidas necessidades, foi necessário conversar com o cliente sobre a relevância da
Concepção de um produto digital. Já no primeiro diálogo, foi possível explicar que era necessário explorar ideias, entender usuários, identificar funcionalidades e escolher as tecnologias antes de partirmos para o desenvolvimento. É legal salientar que na Concepção são abordadas as principais características da plataforma, por meio de etapas como ideação, estruturação e planejamento (já citadas anteriormente). O cliente tinha um valor disponível para investimento, porém não o suficiente para criar um produto de ponta a ponta – que, neste caso, também não era o mais indicado, visto que era preciso pensar sobre o produto antes de desenvolver. A minha ideia então era iniciar a Concepção com a equipe da SoftDesign, para assim pensar nas estratégias e possibilidades. O interessante desse cliente, que não é uma característica muito comum aos novos empresários que recebemos, é que ele já tinha conhecimento do livro
SPRINT, que aborda uma maneira de lançar um MVP. Nesse livro, o autor Jake Knapp aborda a operação de um robô usado como concierge em um hotel, que coleta feedbacks dos hospedes para criar novas versões que incluam as necessidades dos usuários.
A importância da visão ampla do produto
A ideia da Concepção é pensar no nível macro do negócio, desde experiência do usuário aos primeiros protótipos do produto, e na sequência fatiar essa plataforma em releases, que são as versões. As releases serão testadas pelos usuários para colher feedbacks e, assim, efetivar uma cocriação que gere resultados positivos. O legal desse processo é que é possível enxergar o produto de forma ampla, e antes de desenvolver, analisar as estratégias de releases para criar um MPV que traga aprendizado, e que seja possível validar o produto/serviço. Desta forma, é possível gerar valor rapidamente para uma produção continua de um produto digital que tenha também market fit. Conseguimos ajudar nosso cliente pensando em um produto digital mais eficaz que atendesse as reais necessidades dos usuários. Nós poderíamos ter realizado de primeira o desenvolvimento do software como ele queria, mas estaríamos contrariando nossos valores de guiar os clientes com nosso conhecimento e expertise para evitar gasto com produtos e serviços digitais que podem conter falhas relacionadas ao planejamento.
Entre em contato
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