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Desenvolvimento de aplicativos: veja tudo o que você precisa saber

Por 12/03/2024 04/07/2024 14 minutos

O desenvolvimento de aplicativos faz parte da estratégia de vários negócios, seja para uso interno ou como produto digital para ser lançado ao mercado.

O processo é complexo e um dos maiores desafios da criação de apps é a escolha do melhor caminho: diversas linguagens, requisitos, métodos e frameworks podem ser aplicados. Mas quais entregarão os melhores resultados?

É isso o que mostraremos ao longo do conteúdo. Você descobrirá as etapas fundamentais, os prós e contras de cada tecnologia, custos associados, tendências para acompanhar e muito mais!

Desenvolvimento de aplicativos: diferença entre apps mobile e web


Aplicativos móveis são desenvolvidos para dispositivos móveis como celulares e tablets, que contam com plataformas específicas como iOS e Android. Já os aplicativos web são acessados via navegador e, por isso, funcionam em qualquer dispositivo com acesso à internet, como computadores e Smart TVs.

Em termos de desenvolvimento, cada um tem suas particularidades quanto às linguagens de programação adotadas, recursos do dispositivo que podem ser explorados — como a câmera e o GPS, por exemplo —, requisitos de design necessários, tecnologias de segurança e até a forma de publicação.

Conseguir diferenciar bem o desenvolvimento mobile e o desenvolvimento web é o primeiro passo para essa jornada, que contará com etapas, tecnologias e procedimentos que são específicos para cada um.

O que é preciso para desenvolver um aplicativo: veja as etapas essenciais


Para desenvolver um aplicativo inovador e que, sobretudo, atenda às necessidades dos usuários e aos objetivos de negócio, siga os passos:

  1. Estruturação de ideias;
  2. Especificações do aplicativo;
  3. Prototipagem e design;
  4. Desenvolvimento do aplicativo;
  5. Testes e Quality Assurance (QA);
  6. Lançamento e manutenção.

Veja cada um deles em detalhes:

1. Estruturação de ideias


Essa etapa fixa as bases para o desenvolvimento de todo o produto e, por isso, não fazê-la gera grandes riscos de desperdício de recursos. 

Nesta fase, você precisará definir o objetivo do aplicativo. Para tanto, responda à pergunta de forma breve e clara: “Qual problema este aplicativo resolverá?”

E, como você deve imaginar, será complicado responder a essa questão se você não tiver uma visão nítida de quem é o público-alvo. Saber para quem queremos desenvolver uma solução permite criar uma proposta de valor consistente, que é a promessa do que o aplicativo entregará e o que o diferenciará dos concorrentes. 

Ferramentas como criação de personas e mapas de empatia são úteis para aprofundar o entendimento do público-alvo e suas necessidades.

Mapa da empatia, recurso usado para conhecer a persona no desenvolvimento de aplicativos

Fonte: RD Station

2. Especificações do aplicativo


A segunda fase serve para traduzir a visão estratégica em algo mais palpável. Isso significa, na prática, criar um briefing com os requisitos do projeto. Nele, você deve especificar:

  • Objetivos do aplicativo;
  • Critérios de sucesso;
  • Principais necessidades do público-alvo;
  • Funcionalidades indispensáveis; 
  • Requisitos funcionais e não funcionais; e
  • Restrições técnicas.

Assim, ficará mais fácil alinhar as expectativas de todos os stakeholders e preparar toda a equipe, dando clareza sobre onde se quer chegar.

Algumas metodologias podem ajudar muito nessa etapa, como os Diagramas Unified Modeling Language (UML), que permitem visualizar a hierarquia e relação entre elementos que envolvem o desenvolvimento de aplicações:

Exemplo de Diagrama UML no desenvolvimento de aplicativos construído no Miro

Fonte: Miro

E, aí, fica a pergunta: quais são as melhores metodologias para usar na concepção do produto, que inclui os passos 1 e 2? Por vezes, contar com especialistas é a melhor escolha para focar no que é essencial, usar as melhores práticas e agilizar o processo.

É isso o que fazemos no serviço de Concepção de Produtos Digitais!

3. Prototipagem e design


Agora é hora de sair do campo da teoria e começar a visualizar o que foi idealizado nas etapas anteriores.

Para isso, você precisará criar wireframes e protótipos do app, que mostrarão uma estrutura básica e iterativa das interfaces do aplicativo antes de seu desenvolvimento completo. 

Ferramentas como Figma, Miro, Sketch e Adobe XD são muito utilizadas para criar essas visualizações, simular a experiência do usuário e, além disso, já começar a aplicar as melhores práticas de UX Design.

4. Desenvolvimento do aplicativo


É importante entender que há várias opções disponíveis. Um aplicativo pode ser desenvolvido nativamente, de forma híbrida, ou utilizando uma solução de código único: 

  • Nativo: são desenvolvidos utilizando as tecnologias específicas de cada sistema operacional, como Java para Android e Swift para iOS;
    • Principais aplicações: quando há necessidade de controle total sobre uma interface rica ou se desejar criar interfaces específicas de cada plataforma, seguindo as diretrizes para iOS e Android;
  • Híbrido: incluem tecnologias web, como HTML, JavaScript e CSS, encapsuladas em um aplicativo que opera como um navegador. Esse tipo de app pode ser instalado tanto em dispositivos Android quanto iOS;
    • Principais aplicações: desenvolvimento de aplicativos simples, sem animações, especialmente direcionados a conteúdos textuais, como um aplicativo institucional com notícias da empresa, ou se estiver planejando construir um MVP descartável para validar uma ideia;  
  • Código único: são construídos em uma linguagem única, como JavaScript, e uma tecnologia converte esse código em dois aplicativos nativos, um para Android e outro para iOS;
    • Principais aplicações: opção interessante se estiver buscando um resultado superior ao híbrido, mas desejando desenvolver mais rápido do que um app nativo.

Se você decidir entre uma abordagem híbrida ou de código único, ainda terá que selecionar um dos diversos frameworks disponíveis, como React Native, Xamarin, Ionic e PhoneGap. 

Além disso, talvez você também queira explorar plataformas de desenvolvimento mobile, como Kony ou Red Hat MAP, que oferecem não apenas o framework, mas também ferramentas integradas para publicação e integração com um outro tipo de software, como o ERP.

5. Testes e Quality Assurance (QA)


Para manter um processo ágil e iterativo, ​​você precisará desenvolver uma rotina de testes para entender como os usuários interagem com o app, identificar problemas potenciais e obter feedbacks.

Esse é um grande diferencial das empresas que têm a cultura data-driven e usam os dados a seu favor. Aqui, na SoftDesign, esse é um aspecto indispensável!

Algumas ferramentas úteis para isso são UserTesting e Hotjar. Paralelamente, implemente a QA, que executa testes sistemáticos para identificar bugs e garantir que o aplicativo funciona como deveria. 

Metodologias como Test-Driven Development (TDD) e Behavior-Driven Development (BDD), junto com ferramentas como JUnit, por exemplo, são bastante usadas para validar a qualidade do software. 

6. Lançamento e manutenção


Para lançar, é essencial ter clareza sobre qual é o Produto Mínimo Viável (MVP) e garantir que a entrega contém as funcionalidades básicas necessárias para resolver o problema do usuário e validar a proposta de valor

Mas, depois de lançado, o trabalho continua! Use ferramentas de monitoramento e análise, como Google Analytics, para rastrear o uso e coletar dados e, assim, identificar oportunidades de melhoria.

Como forma de atualização contínua — fundamental ao desenvolvimento de aplicativos —, adotar metodologias ágeis como Scrum ou Kanban costuma ser uma boa escolha!

Isso porque:

  • Permitem ciclos de desenvolvimento curtos;
  • Ajudam a priorizar backlogs;
  • Facilitam a introdução de novas funcionalidades e a correção de bugs com base no feedback dos usuários.

Quanto custa desenvolver um aplicativo?


Existem aplicativos que ficam prontos em dois meses, enquanto outros podem levar até um ano. Para alguns, basta contar com a equipe interna, mas, outros, demandam ajuda externa especializada. Por isso, o valor pode variar de dezenas a centenas de milhares de reais.

Para obter uma estimativa real, é necessário compreender primeiro: 

  • Qual é a complexidade do aplicativo em termos de número de telas e funcionalidades oferecidas? 
  • O app requer comunicação com um servidor web ou opera de forma independente, apenas acessando os dados do dispositivo? 
  • Ele será desenvolvido para ambas as plataformas iOS e Android? Qual é a melhor tecnologia? 
  • Você está planejando desenvolver uma versão completa do aplicativo ou um MVP para testar a viabilidade da ideia? 

Ou seja, se a empresa busca uma estimativa detalhada para o desenvolvimento do app, é necessário dedicar um tempo para pensar na solução e nos seus detalhes.

Na SoftDesign, auxiliamos nossos clientes por meio do serviço de Concepção. Durante essa etapa, colaboramos para criar o aplicativo, selecionando as tecnologias adequadas e realizando as estimativas necessárias. 

Se você está considerando esse desenvolvimento, é provável que queira conhecer seu custo a longo prazo. Por isso, vamos explorar algumas situações: 

Aplicativo institucional ou com funções de sistema


É um tipo projetado para auxiliar nas operações internas de uma organização, como processos, comunicação, gestão de recursos, gestão de ponto, CRM, vendas, etc. 

Sua infraestrutura (sistemas integrados e servidores), geralmente já existe na empresa. Por exemplo, como acontece quando o aplicativo está integrado ao CMS interno. 

Porém, é importante levar em consideração que as tecnologias estão sempre em evolução, o que pode exigir atualizações de compatibilidade, implementação de novas funcionalidades, entre outras atividades. 

Aplicativo do negócio


Esse é um cenário bastante distinto. Se você gerencia um negócio cujo produto principal é um aplicativo, dificilmente será possível afirmar que um dia ele estará “100% pronto”

De acordo com a Metodologia Lean Startup, é provável que você lance uma versão inicial, porém estará constantemente adicionando novas funcionalidades, aprimorando a usabilidade, respondendo ao feedback dos usuários e até mesmo pivotando o seu negócio. 

Portanto, nesse contexto, é importante considerar a manutenção frequente do seu app, mantendo a equipe de desenvolvimento próxima para realizar alterações e melhorias de maneira ágil. 

Quanto custa publicar o aplicativo na Google Play Store?


Para publicar novos apps na Play Store você precisará criar uma conta no Google Play Console, aceitar o contrato de desenvolvedor que contém todas as regras e pagar os US$ 25 cobrados como taxa de inscrição. 

Quanto custa publicar o aplicativo na App Store?


Na App Store, você precisará criar uma conta de desenvolvedor no Apple Developer e seguir o passo a passo indicado para a configuração. Se o app estiver disponível para usuários em geral, você pagará US$ 99/ano. No entanto, se o aplicativo for restrito apenas aos funcionários da empresa, o valor é US$ 299/ano. 

Principais tecnologias utilizadas no desenvolvimento de aplicativos


Ao longo do texto trouxemos alguns exemplos, mas aqui reuniremos as tecnologias mais conhecidas para a criação de apps:

Linguagem/PlataformaVantagensDesvantagens
Java (Android)Ampla comunidade, rica biblioteca de APIs, integração com Android StudioComplexidade e maior curva de aprendizado
Swift (iOS)Sintaxe clara, desempenho superior, suporte da AppleMenor base de desenvolvedores, mudanças frequentes
React NativeCódigo compartilhado, tempo de desenvolvimento reduzido, suporte JavaScriptDesempenho inferior a nativos, dependência de plugins
Android StudioEditor de código inteligente, emulador, análise de performanceRequer máquina potente, curva de aprendizado
FlutterAlta performance, código único para iOS e Android, widgets personalizadosRelativamente novo, comunidade menor que React Native
Node.jsAlta performance para aplicações em tempo real, grande ecossistema de pacotesNão é adequado para aplicativos que demandam muita CPU
XcodeInterface Builder, TestFlight, ferramentas de depuraçãoExclusivo para macOS, tamanho grande
Visual Studio CodeFlexível, extensões para React Native, depurador integradoNecessita configuração manual, não é um IDE completo

Leia também: Tecnologias de desenvolvimento de software: qual a melhor opção?

Tendências no desenvolvimento de apps


Agora, veja as principais tendências tecnológicas que estão moldando o futuro do desenvolvimento de aplicativos e você deve ficar de olho:

  • Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR): proporcionam experiências imersivas e interativas, seja através da sobreposição de informações digitais ao mundo real ou da criação de ambientes totalmente virtuais. Aplicadas, principalmente, em setores como entretenimento, jogos, educação e e-commerce;
  • Internet das Coisas (IoT): conecta dispositivos físicos à internet, permitindo a comunicação e o controle remoto de aparelhos através de aplicativos móveis. As aplicações mais comuns acontecem na automação residencial, monitoramento de saúde e na indústria automobilística;
  • Segurança de aplicativos: inclui boas práticas como criptografia de dados, autenticação multifator e estratégias para detecção de fraudes, com o objetivo de aumentar as camadas de proteção contra ameaças cibernéticas. É ainda mais importante em setores como finanças, saúde e e-commerce.

Como desenvolvemos aplicativos inovadores na SoftDesign


Na SoftDesign, o desenvolvimento de aplicativos que geram impacto e aplicam as melhores práticas do mercado passa por quatro etapas: 

  1. Pesquisa: insights de clientes, usuários e mercado; 
  2. Proposta de valor: definição do público-alvo, dos diferenciais e do posicionamento do produto digital; 
  3. Solução: jornadas, protótipos e tecnologias; 
  4. Planejamento: planejamos o MVP e o desenvolvimento do aplicativo de forma estratégica. 

Durante essas fases, utilizamos técnicas de Design Thinking, Design Sprint e Lean Startup, além de conceitos de Modelos de Negócio e Negócios de Plataforma. 

Estamos há 26 anos no mercado aprendendo continuamente. Conhecemos profundamente as melhores práticas e sabemos quais são as abordagens certas para cocriar soluções inovadoras e apoiar nossos clientes em suas jornadas de desenvolvimento de software, sempre de maneira ágil, incremental e colaborativa. 

Conheça o jeito soft de validar produtos digitais no vídeo abaixo:

Para saber como fazemos isso na prática, veja o case da Sprint Point, uma empresa que desenvolve ferramentas para tornar o setor eletromecânico mais eficiente. Juntos, criamos o QM Wizard e os resultados não poderiam ser melhores:

“Tivemos outras experiências com empresas dos Estados Unidos e do Brasil, e o trabalho parecia ok, os projetos eram concluídos de acordo com o escopo. Mas agora que trabalhamos com a SoftDesign, compreendemos que uma parceria vai além disso: os profissionais da empresa estão realmente atentos ao nosso produto e a experiência que nossos usuários têm. Eles retornam com sugestões, ideias e maneiras de melhorar o projeto, e nos tornamos capazes de produzir um produto ainda melhor do que havíamos imaginado”. 
Troy D. Locke, CEO & Co-founder da Spring Point

Conclusão


Ao longo do texto, abordamos as etapas que você deve considerar no desenvolvimento de aplicativos, desde a concepção até o lançamento. Juntos, vimos as tecnologias mais utilizadas e os custos associados a esse processo. 

A partir de agora, para garantir o sucesso de seu projeto, é importante seguir boas práticas e ficar por dentro das tendências do mercado. 

Para isso, conte com a ajuda dos especialistas da SoftDesign! Fale com a gente.

Perguntas frequentes


Veja, a seguir, a resposta para as principais dúvidas sobre o desenvolvimento de aplicativos:

O que é preciso para desenvolver um aplicativo?

É necessário seguir os passos de estruturação de ideias, especificações do aplicativo, prototipagem e design, desenvolvimento do aplicativo, testes e Quality Assurance (QA), e lançamento e manutenção.

Qual o valor para desenvolver um aplicativo?

Existem aplicativos que ficam prontos em dois meses, enquanto outros podem levar um ano. Também há a questão da especialização da equipe necessária. Por isso, o valor pode variar de dezenas a centenas de milhares de reais.

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Foto do autor

Karina Hartmann

Karina é especialista em Inovação e Produtos Digitais, dedicando-se à concepção de novos negócios e soluções tanto para startups quanto para grandes empresas. Na SoftDesign, atua ainda como Líder em Product Management. Com mais de 15 anos atuando na área de Tecnologia, já desempenhou papéis variados, incluindo gerência de projetos, análise de sistemas, programação Java e melhoria de processos. É Mestre em Administração pela UFRGS, onde estudou métodos de desenvolvimento de produtos digitais inovadores. É Bacharel em Matemática Aplicada e possui pós-graduação em Governança de TI e Digital Business. Além disso, detém certificações CSM, PMP e CFPS.

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