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Design Thinking: uma introdução

Por 03/10/2019 22/04/2024 4 minutos

Embora seja uma área de conhecimento cujo desenvolvimento iniciou na década de 1960, o Design Thinking ganhou relevante fama nos últimos anos, após ser articulado por David Kelley, professor de Stanford que iniciou a d.school; e popularizado por Tim Brown, já no ano de 2009. Grandes empresas passaram a adotá-lo em seus processos de desenvolvimento de produto com o objetivo de enriquecer suas soluções.

Mas afinal, o que que é Design Thinking? Como ele pode ser aplicado no desenvolvimento de aplicativos, plataformas e demais produtos digitais?

Uma abordagem criativa e humana

É importante começar esclarecendo que Design Thinking não é um método ou um processo. Adotar Design Thinking significa utilizar o estilo de pensamento de um designer para lidar com problemas de outras áreas (LUCHS, 2015) por meio de um entendimento aprofundado pela observação (BROWN, 2008).  

Podemos então dizer que o Design Thinking é uma abordagem mais criativa e mais centrada no ser humano para resolução de problemas, que pode resultar em produtos inovadores e com mais aderência por parte dos usuários.

“Design thinking é uma abordagem mais criativa e mais centrada no ser humano para resolução de problemas, resultando em produtos mais inovadores.” 

Por que adotar o estilo de pensamento do designer?

Quando desenvolvemos produtos, seja um novo refrigerante, um equipamento médico ou um aplicativo para celular, estamos criando uma solução para um determinado problema. O modelo de pensar do designer e o conjunto de ferramentas que ele utiliza em seu trabalho são próprios para tal desafio, pois:

nos fazem buscar entendimento mais profundo e realista sobre o problema, antes de partir para a solução; 

propõem que criemos mais de uma solução potencial, o que aumenta nossas chances de encontrar uma solução inovadora; e; 

nos fazem testar a solução da forma mais aplicada possível, para colher feedbacks realistas em detrimento de palpites pessoais

O ganho esperado é conseguir desenvolver produtos de melhor qualidade, que tenham maior aceitação dos usuários e que efetivamente resolvam o problema a que se propõem. Assim, torna-se viável não somente atender bem os usuários, mas também atrair cada vez um maior número deles, garantindo sua retenção e recomendação.

Como “fazer” Design Thinking?

Muitas escolas e consultorias criaram seus próprios processos de Design Thinking, ou seja, sequências de passos que descrevem atividades e ferramentas a serem usadas para atingir o jeito de pensar do designer. Ainda que tenham peculiaridades, tais processos na verdade são bem parecidos, e compartilham alguns fundamentos, como:

o DT não é um processo linear. Ele tem ciclos, idas e voltas, com momentos de expansão das ideias e momentos de decisão; 

há momentos dedicados à pesquisa, ideação e testes; 

não existe uma receita pronta, o segredo é adaptar o jeito de pensar e então usar as ferramentas conforme a necessidade.

A essência

Se você optar por adaptar o seu processo de trabalho a uma abordagem de Design Thinking, lembre-se de não apenas selecionar ferramentas, mas manter-se atento à essência: 

dedique mais tempo ao problema do que a solução: primeiro aprofunde o entendimento do problema, pois isso aumenta a empatia com os usuários e potencializa as chances de achar soluções que não são óbvias – prepare-se para uma imersão; 

aprenda a pesquisar: utilize com seriedade técnicas de pesquisa qualitativa e quantitativa para reunir dados úteis em todas as fases do desenvolvimento;  

interaja com as pessoas: o Design Thinking exige interação, conversa, empatia e entendimento;  

trabalhe em equipe: a abordagem é melhor executada quando apoiada em uma equipe com diferentes skills/backgrounds

teste múltiplas ideias: avalie múltiplas soluções, dando espaço à criatividade e à inovação.  

Design Thinking no desenvolvimento de produtos digitais

Aqui na SoftDesign, utilizamos o jeito de pensar do designer para criar produtos, serviço chamado Concepção, e também durante o Desenvolvimento de Software, quando é necessário testar ideias, colherfeedback e envolver os usuários na evolução do produto.


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Referências:

BROWN, Tim. Design thinking. Harvard Business Review, 2008.

BROWN, Tim. Change by design. Harper Business, 2009.

LUCHS, Michael. A brief introduction to Design Thinking. In: LUCHS, SWAN, GRFFIN (eds). Design Thinking: new product development essentials from the PDMA. Hoboken: John Willey and Sons, 2015.

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Foto do autor

Karina Hartmann

Karina é especialista em Inovação e Produtos Digitais, dedicando-se à concepção de novos negócios e soluções tanto para startups quanto para grandes empresas. Na SoftDesign, atua ainda como Líder em Product Management. Com mais de 15 anos atuando na área de Tecnologia, já desempenhou papéis variados, incluindo gerência de projetos, análise de sistemas, programação Java e melhoria de processos. É Mestre em Administração pela UFRGS, onde estudou métodos de desenvolvimento de produtos digitais inovadores. É Bacharel em Matemática Aplicada e possui pós-graduação em Governança de TI e Digital Business. Além disso, detém certificações CSM, PMP e CFPS.

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