- Agilidade
Os Métodos Ágeis fazem parte da cultura da maioria dos negócios de tecnologia. Eles são responsáveis por melhorar processos e aprimorar entregas de software, mas muitas empresas ainda não percebem as diferenças entre as diversas abordagens disponíveis no mercado. Sabemos que cada negócio possui uma necessidade específica, e é justamente por isso que adotar a metodologia mais eficiente e personalizada é essencial para impulsionar a performance dos times e seus resultados.
Além de tornar o desenvolvimento de soluções mais leve e veloz, os Métodos Ágeis também ajudam a criar produtos digitais com maior qualidade. Afinal, todo o desperdício de tempo e dinheiro – que poderia ser investido em funcionalidades que os usuários não precisam – é reduzido assim que potenciais problemas são identificados.
Para te ajudar a explorar esse universo, abordamos no artigo abaixo conceitos sobre Agilidade, e seus impactos na criação de produtos e serviços digitais. Além disso, compartilhamos insights valiosos da Gerente de Projetos e Scrum Master da SoftDesign, Iris Ferrera, sobre os métodos Scrum, Kanban e XP.
A Agilidade surgiu no final da década de 1990, a partir de um movimento que pretendia transformar e flexibilizar os Métodos Tradicionais de Gerenciamento de Desenvolvimento de Software. Um dos mais conhecidos e difundidos nos anos 1970 e 1980 era o Modelo em Cascata (Waterfall). Desenvolvido por Winston Walker Royce, esse método prevê etapas sequenciais e lineares de criação.
Utilizado até os dias atuais, o Modelo em Cascata reforça a ideia de que mudanças e adaptações não são bem-vindas, já que defende que os processos devem ser seguidos à risca e de acordo com o escopo definido no início do projeto. Isso significa que ao usar esse tipo de método, “para uma nova fase iniciar, a anterior deve estar totalmente finalizada” (ENGHOLM, 2010).
Entretanto, com os avanços tecnológicos e as mudanças constantes de comportamento em nossa sociedade, desenvolver soluções digitais de forma rígida e com microgerenciamento tornou-se algo complexo e, em muitos casos, inviável. A busca por inovação mudou o mundo e o cenário econômico passou a ser cada vez mais imprevisível, impactando diretamente os negócios.
Para acompanhar essas mudanças, a criação de um novo método tornou-se crucial. Foi então, que em 2001, nos Estados Unidos, um encontro entre 17 especialistas em Desenvolvimento de Software deu origem ao Manifesto Ágil. Seu principal objetivo é propagar, por meio de 12 Princípios Ágeis, um desenvolvimento mais flexível, adaptativo e colaborativo, focado em sprints (períodos de tempo) de curta duração.
Colaborar com o cliente, gerar valor, entregar software com frequência e responder com agilidade às mudanças são alguns dos Princípios Ágeis. Por meio deles e com o apoio da Transformação Digital, as empresas tornaram-se mais adaptativas e, em alguns casos, até mesmo disruptivas.
Ao evoluir produtos e serviços em ciclos mais curtos, encontrar o Product-Market Fit também se tornou uma missão um pouco mais fácil. Afinal, as hipóteses passaram a ser testadas com os usuários ao longo do desenvolvimento. Ou seja, validar features, User Experience e taxas de conversão de uma solução digital passaram a fazer parte da rotina das squads. Isso permitiu que melhorias pudessem ser aplicadas em busca de mais vantagem competitiva.
Por meio dessa cultura de feedback, os produtos passaram a ser adaptados às necessidades dos usuários, reduzindo riscos – que certamente seriam maiores caso esses testes fossem executados somente ao final do projeto. Além disso, outra vantagem dos Métodos Ágeis é a aproximação entre pessoas de negócios e desenvolvedores.
Que a agilidade é a melhor escolha você já sabe. Entretanto, qual é o melhor método para a sua organização? A seguir, compartilhamos detalhes sobre três Métodos Ágeis consagrados, que impulsionam a evolução digital e a inovação.
Scrum é um framework de gerenciamento de projetos de software, focado em entregar produtos de qualidade no menor espaço de tempo possível. Recomendado para desafios complexos, esse é um dos Métodos Ágeis mais utilizados ao redor do mundo.
Composto por uma série de artefatos, cerimônias e papéis, o Scrum é uma abordagem iterativa e incremental, que tem como missão entregar valor ao cliente. Muito presente no universo do Desenvolvimento de Software, esse método é capaz de promover a adaptação de estratégias de acordo com as necessidades dos stakeholders e do mercado.
Em uma rotina guiada pelo Scrum, squads realizam reuniões com duração limitada (time-boxed), por meio de quatro cerimônias: Sprint Planning, planejamento do ciclo de desenvolvimento; Daily Scrum, reuniões diárias para organizar o trabalho; Sprint Review, análise do produto que foi entregue na sprint (com a participação de stakeholders) e, por fim, a Sprint Retrospective, que visa avaliar e adaptar os processos de trabalho do time de produto digital.
Para a Gerente de Projetos e Scrum Master da SoftDesign, Iris Ferrera, o Scrum é compatível com startups, scale-ups e corporates pois facilita a visão do complexo. “Esse método aproxima o time de desenvolvimento e o cliente, já que preza pela transparência ao escolher as prioridades de cada iteração. Afinal, o que nos ajuda a resolver problemas é dar visão aos entraves. Depois, por meio de experimentações temos condições de tomar decisões mais assertivas”.
Iris ressalta que toda organização busca resultados e o que acontece em muitas startups, por exemplo, é que essa busca nem sempre considera uma série de fatores. “Nós, como empresa de tecnologia, precisamos encontrar um método que assegure o melhor desenvolvimento para o cliente/produto. Por isso, acreditamos que a participação dos stakeholders é crucial. Quando adotamos a Agilidade, fortalecemos essa relação nas cerimônias, onde todos possuem voz”.
Kanban é um Método Ágil de gerenciamento visual que ajuda os times a visualizarem tarefas e impedimentos com o objetivo de maximizar a eficiência de suas entregas. Muito utilizado para gerenciar fluxos e processos de trabalho no desenvolvimento de software, o Kanban também impulsiona a gestão de atividades e tarefas em outras áreas de atuação como Marketing, Finanças e Produção.
Esse método pode ser utilizado por qualquer equipe de trabalho, pois sua estrutura é adaptativa e muito intuitiva. Na prática, o Kanban utiliza quadros físico ou digitais que são divididos em colunas que classificam etapas de produção. Sendo que cada organização é única e possui processos específicos, imagine quais seriam as colunas de uma empresa de gás ou de uma instituição financeira, por exemplo. Certamente, suas tarefas e níveis de complexidade seriam completamente diferentes.
Pensando nisso, Iris ressalta que o time que opta por utilizar o Kanban precisa definir uma linha de raciocínio sofisticada para criar boards realmente estratégicos para o negócio. Isso porque, esses quadros serão o norteador das squads, ou seja, devem ser abastecidos e atualizados constantemente.
Esse framework ágil também é um importante aliado da tomada de decisão, já que reúne informações e prazos de forma transparente e visual, permitindo a autogestão e o melhor acompanhamento de pessoas colaboradoras. Entretanto, o Kanban não visa apenas o processo de entrega, ele também está presente na concepção e nos testes das soluções digitais, passando por etapas de descoberta e validação.
De acordo com Iris, esse Método Ágil é indicado para todos os tipos de negócio. “Além de permitir transparência no desenvolvimento, ele nos ajuda a reconhecer papéis, por isso, facilita a organização de uma empresa que possui várias pessoas atuando em um mesmo projeto. Isso significa que esse método também é um grande aliado de pessoas gestoras”, destaca.
Extreme Programming (XP) é um dos Métodos Ágeis mais antigos, e foi originado antes mesmo do Manifesto Ágil ser lançado. Além disso, é considerado um dos mais completos pois reúne valores, atividades, papéis e práticas. Mesmo que já não seja tão usado pelos times de desenvolvimento da atualidade, continua sendo uma fonte de conhecimento importante para quem pretende colocar a Agilidade em prática.
Testes, integração contínua, releases frequentes, design, comunicação e programação em par – quando dois desenvolvedores trabalham juntos em um único computador para revisar o código em tempo real – são características fortemente presentes nesse Método Ágil. Ou seja, a cultura de colaboração é essencial para que suas práticas sejam de fato atendidas.
Seu principal objetivo é o desenvolvimento orientado a testes, o que garante que o software seja validado de forma contínua ao longo de todas as etapas de criação do produto digital. Iris acredita que com o passar dos anos, o Scrum acabou englobando todas essas especificidades do XP, que acabou deixando de ser utilizado.
Para a Scrum Master, quem realmente trabalha com cultura ágil já integrou os conceitos do Extreme Programming no seu dia a dia. “Ele é muito semelhante ao Scrum em vários aspectos, mas percebemos que os conceitos precursores e norteadores do XP continuam vivos”, ressalta Iris.
No fim, produtos são construídos por pessoas e pessoas são a chave para a Agilidade. Pensando nisso, na SoftDesign atuamos com times multidisciplinares de alta performance, que se apoiam em Métodos Ágeis para desenvolver produtos digitais transformadores e competitivos.
Além disso, nossa Consultoria em Agilidade acelera a adoção de Métodos Ágeis em organizações por meio de uma mentoria hands-on, onde transferimos para o seu time conhecimentos em Scrum, Kanban, XP, entre outros. Nosso foco é fazer entregas frequentes, gerar valor e aumentar a transparência dos processos. Saiba mais no vídeo abaixo:
Acreditamos que ao adotar a Agilidade, as empresas deixam de perder tempo e dinheiro em ações que não beneficiam suas soluções digitais. Por ser iterativa, essa abordagem permite a construção de produtos ao longo de sprints, considerando ajustes necessários ao longo da jornada de desenvolvimento. O resultado é uma solução digital aderente ao mercado e aos valores da empresa.
Sabemos que sua organização é única. Logo, o método mais adequado para impulsioná-la também. Na SoftDesign, propomos um Método Ágil de acordo com a necessidade do seu negócio, analisando a fundo o grau de complexidade e a aderência de mercado. “Guiamos esse processo com muito diálogo e não impomos o uso de determinada metodologia de forma precipitada. Primeiro, entendemos o produto para depois encontrar o melhor Método Ágil, a fim de entregar resultados”, conclui Iris.
É claro, que existe uma gama diversa de Métodos Ágeis que vai muito além do Scrum, Kanban e XP. Sendo assim, é essencial encontrar uma empresa parceira que domine esses conhecimentos e práticas para definir o ferramental mais adequado para a sua estratégia de negócio.
Faça um diagnóstico aprofundado e conte com a gente para ajudar a implementar as melhorias que vão te levar para um próximo nível.